sexta-feira, 18 de abril de 2008

O Precipício


Ela costumava sentar-se na beira do precipício das recordações e sentir a vertigem dos gritos que dava em silêncio. Ela, que sentia no vento rumores dos sonhos que nunca teve. Que via no fim do espaço o início de toda a criação. Que queria o todo que nunca quis. Que sonhava que podia realizar tudo o que não queria sonhar. Que sabia da mentira de tudo o que era real. Que deixava marcas eternas em folhas queimadas.
Ela?...

1 comentário:

Anónimo disse...

Sim senhor! Do potêncial do meu colega e amigo Fabio já eu sabia a muito, mas agora estas palavras!... Simplesmente lindas.

Espero que continuem por muito tempo com este magnifico trabalho ja começado.

Beijinhos e abraços
Nuno Estêvão